quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O que não cabe em palavras




Esperava mesmo que me chegasse assim.
Assim engraçado, causando cócegas dentro de mim.
Amor louco.
Olhos que falam por nós.
Paixão.
Frênesi.

Exatamente como se o outro lado que não sou eu nunca tivesse existido,
porque enquanto me sou vou te sentindo,assim bem dentro de mim,
desde quando antes não sabia sentir.

Nós nos somos
Eu em você, enquanto me lê,
você todo em mim, antes e depois de qualquer coisa que eu escreva,
ou pense em escrever, como sinal de resposta,
já que falando não tiro de letra.

As coisas me vieram loucas, você sabe.
Bem depressa, via sedex.
E eu fui abrindo tudo com cuidado, querendo fazer do modo certo
Pra nunquinha comprometer nem a você, nem a mim.

Depois daquele inicio de agosto com gosto de esgoto,
te provar foi a melhor coisa que já fiz.
Portanto,  marque um ponto pra você e pra mim,
marque um dia pra vir aqui,
pra dizer que tem saudade
pra te ouvir chamar meu nome
pra me amar até nunca mais.

E quando eu me calo assim, sinto a leitura dos teus olhos em cima de mim
Você vem me folheando,
lendo minhas entrelinhas,
me chamando pra perto
me fazendo querer ficar mais aqueles vinte minutos
quando realmente é preciso ir.

Nunca fui do tipo organizada, com pessoas ou palavras,
perdoe a falta delas, das vezes em que pensei em dizer e não disse.
De tudo o que eu queria ter organizado aqui dentro,
pra te dar assim, embalado pra presente
bem no pé do teu ouvido.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Underneath our skin.



Era num domingo preguiçoso que eu te abraçava enquanto a cidade toda dormia.
Éramos pele com pele.
Boca com boca.
Línguas dando um nó.
Pernas enroladas.
Cheiros.
Amor.

Naquele domingo cheio de espera que eu guardei teu sono.
Espantei teus pesadelos.
Te mantive acordada.
Guardei tambem teu ronco.
Teus olhos rasos.
Todos os nossos desejos.
Tudo que ainda somos.
E o que ainda havemos de ser.

Lembro da boniteza daquele dia até na tua respiração se juntando com a minha.
Na bagunça da casa.
Em todas aquelas comidas engordativas espalhadas.
No teu jeito de querer me aborrecer.
 
Dentro de nós tudo era quente, enquanto lá fora chovia.
Era um quase choque térmico em dois ''bichos preguiça''.
Vidros embaçados.
Teu riso logo que acordo.
Luz do dia.

Naquele domingo (assim como em tantos outros),
foi amor por inteiro.
Tenho certeza.
Ainda é.

Desde o dedo do pé ao ultimo fio de cabelo.
Desde as tuas estranhezas até meus quilos a mais.