sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Devaneando.




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Onde será que se encontra?


A cidade inteira está perdida,  tanto quanto eu. Você sabe, desde maio tenho carregado mais do que os ombros parecem suportar. Se fosse escrever um livro sobre essa época da minha vida, acho que começaria mais ou menos assim: Sem a babaquice de um ''era uma vez'', só essa realidade escancarada de um mundo todo na costa de uma menina, carregando vinte poucos anos e o sofrimento pra mais de trinta. As linhas de uma história que é minha. A história de habitar um corpo que parece não me pertencer, mas que tem me abrigado, ainda assim. Contra a minha vontade, dentro dessas linhas que conto, existe o novo questionamento em segunda pessoa. Nesse texto cansativo que é viver, a distância entre o ponto de chegada e o de partida parece só não ser maior dos que os de interrogação. Olhar por cima dos óculos embaçados de ser triste e tentar sem ter sucesso algum, alguma vez isso já te aconteceu? Pois então. Olhar pra trás e perceber que o passado ocupa um espaço considerável nos teus dias de fracasso. E o teu fracasso cheira a tinta fresca nessa casa velha que é teu corpo nu. O inverso da tua coragem, bem na frente de um espelho. Parece que por detrás da imagem não tem mais nada pra buscar, nada que se encaixe, nada que te faça alegre, que te impulsione a continuar.









O questionamento
da primeira à última linha:



Onde será mesmo,
que se encontra
o que sobrou de mim?

Dois pra lá, dois pra cá.



Abraça tua dor, menina.
Dança com ela. 
Olha nos olhos e encara com vontade,
mostra quem é que conduz.
Ensina ela a dançar conforme tua música,
e nunca o contrário.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Queria dizer


Que tenho vontades guardadas.
Dentro de copos, em cima de corpos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Like this.





Like a ''Thank you'' do Zeppelin
Like a ''Love'' dos Beatles
Like a felicidade em energia.

Like eu e você.
Like a missing that never goes away.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O que ainda faz valer.



Existem pessoas que acreditam, que sentem, deitam na grama, abraçam os sonhos. 
E enquanto essas pessoas existirem, existirão motivos pra continuar.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Incessante.



Quase meio-dia.
Tudo é fome ou amor. 
Ou fome de amor.
Como quiser chamar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Pra ontem.






Tenho que parar de ser uma pessoa tão difícil. Tentar frear esse ar arrogante de quem comprou a verdade, e não satisfeita, a registrou em cartório. Deixar de ter uma auto-estima facilmente abalável. Aprender a dizer não, e não, isso não é bom, ou se for preciso um ''Vai se ferrar''. Parar de frequentemente marcar e acabar não indo. Tenho que me ajustar com horários e pessoas, por ter sérios problemas com telefone e memória fraca. Não gosto de atender e nem de ligar. Sei muito sobre nada, que coisa mais chata. Controlar minhas mudanças de humor. Parar de frequentemente me achar a mais gorda do pedaço. Tentar ser mais objetiva e racional, de preferência comigo, já que pelo visto sou ótima resolvendo o problema dos outros e péssima com os meus. Sumir com essa tendência a auto-piedade, porque já tá ficando ridículo. Não deixar transparecer o quanto acho o amor brega, mesmo escrevendo/pensando sobre ele na maior parte do meu tempo. Me apegar mais à Deus, e deixar de chorar feito um bebê em casamentos. Não ser tão do contra também está na lista do ''coisas urgentes pra cortar''. Tentar funcionar melhor, principalmente de manhã. Me habituar a usar protetor solar, já que minha pele mostra os sinais do tempo antes dos 30 (o sol me trouxe sardas). Domar as dúvidas, que diga-se de passagem, tenho aos montes. Domar meu cabelo, que tem mostrado mais do que nunca que me odeia. Aprender a ser mais sociável e a sorrir nas fotos. Aprender, em determinadas situações, a ser mais tonelada de sal e menos arroz-doce com canela.