terça-feira, 20 de novembro de 2012

Me ocorreu o seguinte,





Às vezes o solo fértil da tristeza erige a própria mente, sobre o duro córtex, sustentando todas as idéias pedaço a pedaço. Brotando no isolamento, um pé de arte pra gente regar. O tempo e o zelo necessários, vão moldar os ramos como se fossem formas esvaziadas de luz. Um adeus pro que fomos e um aceno pra tristeza condescendente em envelhecer. Ainda que seja angustiante e discretamente educada a 
recordação do que fomos e a aceitação do que estamos nos transformando, é preciso querer viver. Carregar a marca do orgulho como uma relíquia de família, os anos todos são pequenos cuidados pra não deixar mofar. Olha só rapaz, viver é arte no fim das contas. A gente pode pintar o 7 pelo mundo ou estagnar numa tristeza fria, incauta, ferida. Berrando muda por auto aceitação. Sem se escutar. Ter o seu próprio desaparecimento pode até não ser de todo mal. Age assim, feito fenda de luz. Me dá tua mão e não tapa. Só. Deixa passar. Chega de ficar assim tão pedra no meio do caminho, com cubos de amor congelado lá fora. Utopia de inverno nessa cidade escaldante. Toma essa realidade pra si. Como no último gole de Sócrates.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ensurdecer



Minha saudade solta gritos que atravessam paredes, portas e pessoas.

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Escorregando no íntimo, é isso que se encontra.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

É o que te peço.



segunda-feira, 3 de setembro de 2012

E se eu te disser?


sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Devaneando.




quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Onde será que se encontra?


A cidade inteira está perdida,  tanto quanto eu. Você sabe, desde maio tenho carregado mais do que os ombros parecem suportar. Se fosse escrever um livro sobre essa época da minha vida, acho que começaria mais ou menos assim: Sem a babaquice de um ''era uma vez'', só essa realidade escancarada de um mundo todo na costa de uma menina, carregando vinte poucos anos e o sofrimento pra mais de trinta. As linhas de uma história que é minha. A história de habitar um corpo que parece não me pertencer, mas que tem me abrigado, ainda assim. Contra a minha vontade, dentro dessas linhas que conto, existe o novo questionamento em segunda pessoa. Nesse texto cansativo que é viver, a distância entre o ponto de chegada e o de partida parece só não ser maior dos que os de interrogação. Olhar por cima dos óculos embaçados de ser triste e tentar sem ter sucesso algum, alguma vez isso já te aconteceu? Pois então. Olhar pra trás e perceber que o passado ocupa um espaço considerável nos teus dias de fracasso. E o teu fracasso cheira a tinta fresca nessa casa velha que é teu corpo nu. O inverso da tua coragem, bem na frente de um espelho. Parece que por detrás da imagem não tem mais nada pra buscar, nada que se encaixe, nada que te faça alegre, que te impulsione a continuar.









O questionamento
da primeira à última linha:



Onde será mesmo,
que se encontra
o que sobrou de mim?

Dois pra lá, dois pra cá.



Abraça tua dor, menina.
Dança com ela. 
Olha nos olhos e encara com vontade,
mostra quem é que conduz.
Ensina ela a dançar conforme tua música,
e nunca o contrário.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Queria dizer


Que tenho vontades guardadas.
Dentro de copos, em cima de corpos.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Like this.





Like a ''Thank you'' do Zeppelin
Like a ''Love'' dos Beatles
Like a felicidade em energia.

Like eu e você.
Like a missing that never goes away.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

O que ainda faz valer.



Existem pessoas que acreditam, que sentem, deitam na grama, abraçam os sonhos. 
E enquanto essas pessoas existirem, existirão motivos pra continuar.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Incessante.



Quase meio-dia.
Tudo é fome ou amor. 
Ou fome de amor.
Como quiser chamar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Pra ontem.






Tenho que parar de ser uma pessoa tão difícil. Tentar frear esse ar arrogante de quem comprou a verdade, e não satisfeita, a registrou em cartório. Deixar de ter uma auto-estima facilmente abalável. Aprender a dizer não, e não, isso não é bom, ou se for preciso um ''Vai se ferrar''. Parar de frequentemente marcar e acabar não indo. Tenho que me ajustar com horários e pessoas, por ter sérios problemas com telefone e memória fraca. Não gosto de atender e nem de ligar. Sei muito sobre nada, que coisa mais chata. Controlar minhas mudanças de humor. Parar de frequentemente me achar a mais gorda do pedaço. Tentar ser mais objetiva e racional, de preferência comigo, já que pelo visto sou ótima resolvendo o problema dos outros e péssima com os meus. Sumir com essa tendência a auto-piedade, porque já tá ficando ridículo. Não deixar transparecer o quanto acho o amor brega, mesmo escrevendo/pensando sobre ele na maior parte do meu tempo. Me apegar mais à Deus, e deixar de chorar feito um bebê em casamentos. Não ser tão do contra também está na lista do ''coisas urgentes pra cortar''. Tentar funcionar melhor, principalmente de manhã. Me habituar a usar protetor solar, já que minha pele mostra os sinais do tempo antes dos 30 (o sol me trouxe sardas). Domar as dúvidas, que diga-se de passagem, tenho aos montes. Domar meu cabelo, que tem mostrado mais do que nunca que me odeia. Aprender a ser mais sociável e a sorrir nas fotos. Aprender, em determinadas situações, a ser mais tonelada de sal e menos arroz-doce com canela.

domingo, 15 de julho de 2012

E o céu engarrafado.





Confusão. Pessoas indo e vindo. Sinais vermelhos. Alguns lugares ou pessoas tão fugazes, às vezes perto e ainda assim tão longe. Vai ver a vida inteira seja mesmo isso, um eterno congestionamento

terça-feira, 3 de julho de 2012

Presta atenção

Desligue-se de quem não liga. Exporte-se de quem não se importa. Tire o pó dos dias, mude algumas prioridades de lugar. Só se dê pro(a) que(m) for valer pena, do contrário, deixa passar.

domingo, 17 de junho de 2012

Dessas nossas esperas.

Sensação momentânea e traiçoeira de que se pode ter qualquer coisa que quiser, menos quem se quer ter. De que o tempo já era, ficou lá atrás. Aquela velha história de sair errando, mesmo tentando acertar . Mas por algum motivo permanece, e mesmo que o barco afunde não o abandona por nada, por ser do tipo insistente que sabe nadar.

domingo, 10 de junho de 2012

O melhor que não planejamos




Funciona mais ou menos assim,
como naquela canção que a avó cantava.
Vem com cheiro de vida, vontade de cuidar.
E uns olhos de embalar qualquer coração
pro lado de dentro da calma.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Precaução

Toma cuidado com essas vontades que surgem, menina. Elas perambulam em bando, por aí. Querem só um corpo pra se materializar. Nem sempre são reais, muitas vezes só querem te usar, pra depois sair, como se nada tivesse acontecido.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Em curtas palavras

Saudades são fotografias internas feitas por esse olhar gasto.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

 
 
Contigo eu tenho aprendido que um raio pode sim cair duas vezes num mesmo lugar, que os meus dias todos podem ter um gosto mais doce, que posso pintar o sete e fazer bagunça em mim mesma, no teu colo ou dentro de ti. E fico assim todas as vezes que esqueces teus olhos claros em cima dos meus, parecendo criança que acaba de ganhar brinquedo cheirando a novo, querendo fazer tudo o que eu não fiz enquanto meu coração estava trancado. Quero adivinhar todas as charadas, fazer tolice de vez em quando só pra me jogar nos teus braços com a boca amarga, te pedindo pra me adoçar. Talvez eu ignore mesmo o tamanho do tombo que o amor às vezes é capaz de fazer ne gente, mas se eu caio é só pra não deixar de voar.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

É assim.



Agora me chamo Sou tua, e meu nome do meio é Saudade.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

De tantos modos.

 
 
É esse tipo de amor que te tenho de maneira que do jeito mais bizarro eu te amaria. Do avesso, do torto, do inverso.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Para mim.

 
Tu és o meu céu, meu silêncio mais dividido , minha paz.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Cor.ação

 
 
 E apesar de toda a mágoa passada, cortes pelos murros em ponta de faca, sinto que ter esbarrado em ti no meio do caminho (que eu jurava ter chegado ao fim) possa fazer todo o sentido. Teus olhos cor de saudade, teu cheiro que gruda no meu, teu toque que me empurra pra fora de mim. Ai rapaz, ce não sabe da missa a metade, fico azuretada, me perguntando que diabo de efeito é esse que tens sobre mim, que coisa é essa que cresce em mim e no meu coração, que agora anda servindo pra outras coisas além de bombear todo o sangue do meu corpo?

sábado, 14 de janeiro de 2012

Presságio

 
 "A gente se esbarra por aí", é o que dizem os amigos...
 
 
 
 
 
 
Só que é preciso ter cuidado com esses ''por aí'', porque geralmente se transformam em futuros esbarrões com estranhos nas calçadas.