quarta-feira, 9 de março de 2011

Sinônimas, um par.




Então foi daquele modo que esbarrei em ti,
bem no meio da confusão,
naquele aglomerado de gente que entrava e saia das nossas vidas.
Eu ficava procurando saída, um pouco de fé, alguma coisa que me movesse e onde abarcar.

Daí você me veio quase que por acaso com a mala pronta. Pra fazer moradia.
Como quem não tem intenção alguma de um dia partir.
Meados de um julho que ainda lembro, escrevi e não sei apagar.
Caneta forte e  tinta permanente.

O tempo arrastando e a a gente criando raiz.
Somos o que chamam de velha coincidência, moeda de dois lados iguais.
Dois em um, torres gêmeas , a nossa raça tá quase em extinção.

Somos da mesma espécie dos desassossegados,
era só bater o olho em nós. Não era difícil de perceber.

Era como se eu tivesse uma metade de mim andando por aí.
Uma parte malemolente, de sorriso largo e coração escancarado, tal qual o meu é.
Entre tantas partes misturadas e tantas mãos pra segurar eu segurei a tua.
Nem por um decreto posso soltar.

É bem querer até não querer mais.
Mas sei que ''não querer'' não cabe aqui.

Nós somos sinônimas , nem é plágio. É só a mesma forma de pensar.

4 comentários:

  1. Um dia eu já fui assim... ^^

    Bom dia! Muito lindo o poema, gostei bastante.

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  2. Que lindo!!! Daqueles que a gente lê e quer viver igual...


    beijos

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  3. É prima (Bia Nikita) esse texto descreveu muitoo nosso sentimento!
    Parabéns Honny e Gio
    excelente!
    Obrigada pelo sentimento puro e verdadeiro
    prima-irmã

    : DDD

    Ass: Elidan Viana

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