terça-feira, 15 de março de 2011

Pour la couleur de ma vie.







E ele insistia em dizer ”seu amor não é grande, mas é lindo”. Ela sorria de canto achando essa fala tolice, coisa de quem não sabia sentir o outro talvez, mas no fundo ela sabia. Ela sentia, queimava lá dentro, ardia inteira, e era como se pudesse tocar mesmo não vendo absolutamente nada.

Talvez ele não soubesse a proporção daquilo, então sempre que podia ficava tentando medir, achar palavra, tentava colocar nos desenhos , nas cores, nos poemas do mundo e nos que eram dela .

Era um amor carregado de cuidados, quase infantil, desenfreado. Era planta de raiz forte,difícil de arrancar, era um amor zeloso, de quem faz questão de regar todos os dias, de dar nostalgia no peito e gosto doce na boca, vontade de colecionar lembranças como nos albuns de fotografia, desejo de comer a presença, matar a fome que a saudade traz.

Dava aquela leveza de quem brinca no jardim nas tardes de sábado com algumas cores em volta. Porque era algo inocente e claro, e apesar de toda a transparência que tinham e do cinza que a vida as vezes pinta no céu de quase abril, dentro deles havia cor tambem. Colorido e imensuravel, era a única conclusão.

8 comentários:

  1. Não sei porque temos esta mania: de medir o amor. Não existe medidas para ele.


    beijos

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  2. Meninas, aqui derramo!

    Pequenas escoriações, palavras-pedras!

    fico agradecida por cada letra lá no pensamento polaroid.

    não diferente, ler vocês me emocionam!

    Um beijo!
    Mell

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  3. Amor é aquele tipo de coisa que não precisa de explicação, mas que todo mundo quer decifrar.
    Lindo texto!

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  4. Muito lindo, é tudo que um dia todos sentimos! adoro o blog de vcs!!

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